historia de jundiaí


A região de Jundiaí, até início do século XVII, era habitada exclusivamente por povos indígenas; alguns grupos viviam em clãs familiares, caracterizando-se pelo nomadismo, e outros eram sedentários, de origem tupi-guarani, que se dedicavam à produção de milho e mandioca. Eram povos guerreiros, bons caçadores e pescadores, organizavam-se em aldeias compostas por cabanas circulares feitas de tronco e cobertas de palha. Parte da cultura indígena foi incorporada pelos brancos colonizadores, como a utilização de queimadas na lavoura.
"O povoamento do sertão de "Mato Grosso de Jundiahy", como era denominado o extremo território ao Norte da Vila de São Paulo, que hoje compreenderia a região de Jundiaí, Campinas e todo o Nordeste do Estado até a divisa com Minas Gerais no Rio Grande, iniciou-se próximo ao rio Jundiaí com a chegada da Rafael de Oliveira, sua mulher Petronilha Rodrigues Antunes e filhos, em 1615, que deram ao povoado a denominação de Nossa Senhora do Desterro de Jundiaí.
Segundo alguns historiadores, o casal teria se fixado aí, em virtude de ter Rafael de Oliveira cometido "Crime de Bandeirismo", isto é, organizado expedição de apresamento de índios, o que era vedado pela Coroa. Diz, no entanto, Taunay que Rafael foi perdoado, graças à sua participação no combate aos flamengos.
O fato é que a antiga Freguesia de Nossa Senhora do Desterro prosperou desde o início de sua formação em virtude de construir ponto de apoio para as expedições que se dirigiam aos sertões, que aí se abasteciam de gêneros produzidos pêlos seus habitantes. " 
A inauguração de uma capela dedicada a Nossa Senhora do Desterro, no ano de 1651, marcou o início do reconhecimento da povoação de Jundiaí. Quatro anos mais tarde, foi elevada à categoria de vila.
Em 1655 Jundiaí marcava o limite norte do povoamento da capitania de São Vicente. Este povoamento acusava dois rumos principais: um de Jundiaí para leste, atingindo a zona montanhosa banhada pelo rio Atibaia, e outro de Jundiaí para o norte, alcançando o vale do rio Moji-Guaçu. No primeiro caso, surgiu a fundação do povoado de Atibaia na Fazenda de São João, por Jerônimo de Camargo, onde em 1655 se fixaram os índios trazidos do sertão pelo padre Mateus Nunes de Siqueira, povoado que passou a ser capela curada em 1680. E, cerca de 1676, a povoação de Nazaré. Depois da descoberta das minas de Goiás no século XVIII chegou a traçado definitivo o "caminho dos Guaiases", partindo de Jundiaí, atravessando as povoações de Mogi Mirim e Mogi Guaçu, rumando para o noroeste por áreas que mais tarde formarão o Sul de Minas Gerais.
"Sua economia passou por uma fase de estagnação após 1695, durante o apogeu do ciclo da mineração, reativando-se contudo depois de 1785, quando a agricultura se fortaleceu com a cana de açúcar, feijão, cereais, algodão e café. Outro fator de progresso foi a fruticultura praticada principalmente pêlos imigrantes europeus a partir do fim do século XIX. Ainda nessa época, surgiu a indústria da tecelagem com a fundação em 1874, da Cia. Jundiana de Tecidos, por incentivo do Barão de Jundiaí, Francisco de Queiroz Telles."  A partir de 1890, o município recebeu uma grande massa de imigrantes italianos.
No dia 28 de março de 1865, Jundiaí foi elevada à condição de município.

Catedral de Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí-SP, entre 1886 (quando adquiriu feição neo-gótica) e 1921 (quando houve a reforma que modificou levemente a fachada e criou as capelas radiantes e o transepto).no centro.
"Foi ainda em fins do século XIX , que inauguraram as Estradas de Ferro (Cia. Paulista- Santos a Jundiaí - a Ituana e a Bragantina). " , o que possibilitou a imigração de ingleses, espanhóis e italianos, motivados por incentivos governamentais, que tencionavam substituir a mão-de-obra escrava.
Na primeira metade do século XX, Jundiaí descobriu a sua vocação industrial, que perdura até hoje, pois o município possui um dos maiores parques industriais da América Latina, o que contribui para os altos níveis de poluição do município. A indústria do lazer nos municípios próximos também está incrementando a economia local, com a instalação de parques temáticos que atraem turistas e geram empregos para os jundiaienses.
Ultimamente o município enfrenta problemas característicos dos centros brasileiros de alta densidade populacional, destacando-se nas taxas de criminalidade, sendo um dos municípios recordistas no Estado de São Paulo em roubo de automóveis.
O aniversário do município é comemorado em 14 de dezembro, data em que foi elevada à categoria de Vila. Em 2005 foi aprovada uma emenda que decretou feriado municipal na data, comemorado a partir de 2006. Os comerciantes não aprovaram, por se tratar de uma data próxima ao Natal, e a partir de2008 o feriado tornou-se facultativo
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A prefeitura elaborou uma divisão administrativa oficial para o município, dividindo-a em sete regiões: central, leste, oeste, norte, sul, vetor noroeste e vetor oeste. Cada região é dividida em bairros.
Porém, a despeito desta divisão oficial muitos bairros são chamados por outros nomes, e muitos bairros tem seus nomes populares cedidos a outros bairros próximos.
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GEOGRAFIA
Jundiaí situa-se a uma altitude média de 760 metros.
Clima: O clima do município é o Tropical de altitude, apresentando verões quentes e chuvosos e invernos amenos e subsecos. A temperatura média anual gira em torno dos 21°C, sendo o mês mais frio Julho (média de 17°C) e o mais quente Fevereiro (média de 24°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1400 mm.
Jundiaí tem um relevo muito acidentado, devido à Serra do Japi.
A Serra do Japi, situada a sudoeste, é uma grande reserva ambiental, com uma das maiores áreas florestais do estado de São Paulo intactas.
Seu principal rio é o rio Jundiaí.

[editar]Hidrografia


Reserva Biológica da Serra do Japi.
  • Rio Jundiaí - divide o antigo centro comercial do município de alguns bairros como Ponte São João e Jardim Rio Branco. Entra no município em sua divisa com o município de Várzea Paulista e sai do município na divisa com Itupeva.
É um dos limites naturais do centro histórico interfluvial Jundiahy, marcado também pelo córrego do Mato e pelo rio Guapeva no trecho entre a Ponte Torta e sua foz. Nessa área, a maioria dos antigos riachos e nascentes foi soterrada pela ocupação urbana registrada desde o século XVII.
Há alguns anos a prefeitura investiu na retirada de sedimentos e afundamento da calha do rio, bem como limpeza e colocação de placas de concreto em suas margens, isso acabou com as constantes enchentes que assolam os bairros baixos no curso do rio, como a Vila Rio Branco, Jardim Danúbio, Ponte de Campinas e Vila Lacerda.
O rio está em processo de despoluição iniciado em 1983, custeado pela prefeitura e iniciativa privada.

[editar]Economia

Considerada uma região próspera no Estado de São Paulo, Jundiaí ocupa o oitavo lugar no PIB.
Jundiaí sempre foi conhecida como a terra da uva e do morango, mas além de ter uma grande produção agrícola, o município tornou-se um polo para empresas de logística e ainda possui um parque industrial com mais de quinhentas empresas.Como por exemplo:CereserIBGCBCPlascarTakata PetriFemsaAkzo NobelSadiaSaraleeAmbevSiemensBollhoffFrigor HansParmalat,ItautecFoxconn,SifcoMahleLindeSulzerDecaRocca. Centros Logísticos como: Casas BahiaRenault/NissanMagazine Luiza , DHL, entre outras, fazendo com que o município se destaque no cenário industrial. Central de atendimento: Tivit e Fidelity Information Services.
O município também se destaca nos setores de alimentos e bebidas, cerâmica (com mais da metade da produção nacional), auto-peças, metal-mecânica, borracha, plásticos, embalagens e bens duráveis. Já na agricultura, o município tem um grande destaque no cenário nacional. Conhecida pela produção de morango e uva, Jundiaí conta com 27 mil hectares de área cultivada, o que garante um PIB agrícola médio de R$ 80 milhões por ano, deixando o município com a quinta população rural do país. O município também conta com produção de agricultura de corte e rebanho bovino, tanto para consumo regional, quanto para exportação


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